quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Iniciando Teatro com Crianças


Pode-se pensar que é muito difícil e complicado trabalhar o teatro com crianças.
O livro "Improvisação para o Teatro", de Viola Spolin, explica um método que garante (se bem empregado) o sucesso de um grupo com crianças.
De acordo com Spolin, se o professor-diretor permitir a liberdade pessoal da criança para experienciar e mostrar que ela tem uma responsabilidade para com a comunicação teatral, esta contribuirá honesta e verdadeiramente ao teatro, desenvolvendo seu humanismo e relacionando-se livremente com quem a cerca.
Nas oficinas a criança merece receber liberdade, respeito e responsabilidade, igualmente como se dá aos adultos. A diferença está na maneira de apresentar as perguntas e introdução de exercícios, admitindo que há níveis diferentes de experiências vivenciais.
Ao trabalhar o teatro com crianças, o professor-diretor precisa mudar seu conceito sobre autoridade. Para isso, é preciso estar livre, fazer parte do mundo à volta, ter um contato direto com o ambiente. Muitos de nós temos uma necessidade de um comentário ou de uma interpretação favorável de alguma autoridade, assim aprovação/desaprovação se torna como um regulador de esforços e acabamos fazendo tudo pensando se seremos amados, com medo de sermos rejeitados, dessa maneira temos uma séria perda de experiência pessoal. Por isso, desejando unidade de trabalho, a linguagem e as atitudes do autoritarismo devem ser constantemente combatidas. Ao avaliar, o professor-diretor deve cuidar para não impor suas idéias ou palavras aos alunos, para não limitar a criatividade e a experiência destes. É preciso criar um ambiente de igualdade entre alunos e professor. Apesar de parecer mais difícil, este método pode ser mais recompensador para o professor, pois quando os alunos realmente aprendem através da atuação, o desempenho torna-se muito melhor, mantendo sempre em mente o fato de que as necessidades do teatro são o verdadeiro mestre (grifo do livro de Spolin).
Formado o grupo, o professor-diretor (com ajuda do assistente) deve atentar para que cada aluno participe de alguma forma das atividades, por que tanto o mais bagunceiro como o mais tímido são nocivos por ficarem enjaulados em seus mundos. O procedimento durante os jogos deve provocar a espontaneidade do ator infantil, cuidando para não escolher jogos sem fundamentos.
Se há nos jogos problemas interessantes a serem resolvidos, mesmo que as crianças possuam diferentes níveis de energia, todos permanecerão por um longo tempo na atividade proposta, cabe ao professor discernir a hora de mudá-la. Parta facilitar, é recomendável dividir cada sessão em três partes: jogos (como brincadeiras), movimento criativo (ajudando-os a desenvolver idéias) e teatro (com o ensaio da peça e alguns termos técnicos).
A atuação natural vem quando o ator tem energia, comunica-se com a platéia, é capaz de desenvolver um personagem, relaciona-se com os demais atores e tem sentido do ritmo e do tempo. Isso tudo deve vir não com imposição de "técnicas", porém com uma apresentação dos problemas de atuação de maneira que esse comportamento no palco aconteça por si mesmo, do interior da criança, lembrando que ensinos padronizados, fórmulas e conceitos são próprios de imposição e não de liberdade. O ensino autoritário paralisa as crianças e seca a essência da inspiração e criação. A criatividade é mais que variação de formas, é uma atitude, é uma maneira de pensar, é curiosidade, alegria e comunhão.
Mesmo conhecendo todas as vantagens que este método de iniciação ao teatro com crianças oferece, ainda há receio de deixarmos os padrões convencionais de pensamento e ação e acabamos, quando damos esta liberdade, arranjando algum jeito de impor nossa autoridade com medo de alguma falta de disciplina por parte dos alunos. A verdade é que a liberdade criativa depende da disciplina, mas se a disciplina for imposta, ela vai inibir e provocar rebeldia nas crianças, será algo negativo para o ensino, portanto quando não lutamos por uma posição e sim damos uma escolha livre por amor à atividade, ocorre a verdadeira ação criativa. Com imaginação e dedicação as regras das dinâmicas serão bem compreendidas e aceitas com facilidade. Será como quando elas brincam, aceitando regras, penalidades e restrições. Dessa maneira, grande parte de seu potencial será usado, desenvolvendo seu senso social e talento individual.
Muitas crianças ficam apreensivas e durante os jogos imitam seus colegas. Quando isto ocorre, o ideal é mostrar-lhes que realmente há jogos de imitação (podendo até parar o jogo e fazer um "jogo do espelho", por exemplo) e que este que está sendo jogado no momento é diferente, então se querem participar, elas entrarão na brincadeira sem sermões ou acusações.
Procure não ficar chamando a atenção delas por causa do barulho durante os jogos, faz parte do entusiasmo delas.
Cuidado para não proteger ou destacar alguma criança, cada uma tem o seu tempo, não exija de mais, e nem permita que haja pouco empenho por parte delas.
Ao comparar o teatro com quando a mamãe lê historinha para as crianças dormirem, pode-se introduzir a idéia de mostrar e não contar, os resultados não serão imediatos, leva tempo, mas vale a pena.
Um bom exercício de improvisação é dar-lhes uma sala de aula como "Era Uma Vez" (Onde), o professor e os alunos como personagens (Quem) e fazendo uma tarefa como O quê. O assistente neste momento poderá (fazendo o papel de "diretor da escola") ajudar a acalmar o aluno mais expertinho e fazer participar o aluno mais tímido (mesmo que seja apenas com um gesto da cabeça), fazendo com que todos participem da cena.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Relevância da Educação Infantil



Estamos vivendo um momento histórico muito oportuno para a reflexão e a ação em prol das crianças. Cada vez mais, a educação e o cuidado na primeira infância são tratados como assuntos prioritários de governo, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e por um número crescente de países em todo o mundo.

No Brasil, dispomos de legislação avançada na área – destacando-se a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 –, temos acesso a pesquisas internacionais e estudos nacionais que apontam para os benefícios do investimento na primeira infância.

A ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida, particularmente de 0 a 3 anos, é o mais importante na preparação das bases das competências e habilidades no curso de toda a vida humana.

Os extraordinários avanços da neurociência têm permitido entender um pouco melhor como o cérebro se desenvolve. Particularmente do nascimento até os 3 anos de idade, vive-se um período crucial, no qual se formarão mais de 90% das conexões cerebrais, graças à interação do bebê com os estímulos do ambiente. Acreditava-se que a organização cerebral era determinada basicamente pela genética; agora, os cientistas comprovaram que ela é altamente dependente das infantis.

Sob o ponto de vista da Educação Infantil, antes mesmo das pesquisas sobre o cérebro, já se haviam constatado sensíveis progressos nos níveis de aprendizagem e desenvolvimento das crianças que freqüentaram a educação pré-escolar. Um estudo significativo nesse aspecto foi feito pelo Projeto Pré-Escolar High/Scope Perry, em Michigan, nos Estados Unidos, que acompanhou crianças de famílias de baixa renda desde a época que participaram do projeto pré-escolar, com 3 ou 4 anos, até os 27 anos. A avaliação longitudinal demonstrou que o grupo que recebeu atendimento pré-escolar obteve, a longo prazo, níveis mais altos de instrução e renda, e menores índices de prisão e delinqüência.

A relação custo–efetividade do programa indicou benefícios estimados em sete vezes o custo original do programa. Os benefícios ocorreram como resultado da economia produzida pela redução nos gastos de educação primária (pela diminuição da evasão e da repetência), saúde, previdência social e sistema prisional combinada com o aumento da produtividade ao longo do tempo.

Massinha de modelar caseira


Aqui está a receita para você fazer em casa!

• 5 colheres (de sopa) de farinha de trigo
• 1 xícara (de café) de água
• 1 colher (de chá) de açúcar
• 2 colheres (de chá) de óleo
• 2 colheres de (de chá) de gelatina

Misture tudo e, é só brincar!

A LIÇÃO DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.
Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme
ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através
daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o
restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo
estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.
Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vidas. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...